Título completo: Gramática Metódica da Língua Portuguesa
Local de publicação: São Paulo/ Brasil
Quantidade de edições: 46
Editora: Saraiva
Gramática Normativa:
- Título: Gramática Metódica da Língua Portuguesa.
- “Estudar Gramática não é fazer ‘paciência de baralho’, em que as cartas vêm fora de ordem, e ensiná-la não é propor ‘quebra-cabeça’, em que se dão, misturadas, peças de um jogo que ao fim do curso o aluno vá recompor sozinho, de acordo com um desenho, com um modelo que ele mesmo não entende.” (sic, prefácio, p. 2).
- “Quando se diz que alguém não sabe analisar os termos essenciais da oração, deve-se entender que ele não sabe nada, absolutamente nada, de gramática, e não entender que não faz um estudo especial, particular, de uma parte inexistente da gramática.” (sic, prefácio, p. 2).
- “Há décadas tenho na Metódica a principal referência normativa do nosso idioma e desde há muito considero o inesquecível e brilhante Mestre Napoleão Mendes de Almeida como meu ‘guru’ nesses assuntos.” (sic, prefácio, p. 7).
- “Sei da enorme responsabilidade que é escrever algo a ser inserido nesta importante obra, mas creio não decepcionar os editores nem os estudantes que se valem da Metódica para embasar-se e aprimorar os conhecimentos da norma gramatical culta do nosso idioma.” (sic, prefácio, p. 7).
- “Esta edição está conforme os dispositivos do Acordo Ortográfico de 1990 e os leitores podem ficar tranquilos (sem trema) de que estudam em material atualizado”. (sic, prefácio, p. 8).
Gramática Escolar (LM):
- “O texto de gramática portuguesa debe ser único e completo, de tal forma que, entregue no primeiro ano ao aluno, este o leve não só até o fim do estudo da disciplina, mas até o fim da vida.” (sic, prefácio, p. 2).
- “A Gramática ou se estuda ou não se estuda. O ‘age quod agis’ tem no caso aolicação completa; o estudo da Gramática ou se faz ou não se faz. Se o aluno está estudando o ‘subtantivo’, deberá estudar tudo, mas tudo quanto diz respeito a essa clase de palabras, no que se refere à fonética, à morfología e, quanto possível, à própria sintaxe.” (sic, prefácio, p. 2).
- “Cabe ao professor, de acordo com as necessidades e possibilidades do aluno, saber o que ensinar, como ensinar e quando ensinar, mas tudo é preciso ensinar.” (sic, prefácio, p. 3).
- “O professor precisa interrogar, pesquisar no aluno o conhecimento e as deficiências. Nem de outra forma poderia ser; se as normas de gramática se acompanham de corolários, de notas, de observações, de exceções, como inteirar-se o professor do completo estudo e aproveitamento da lição senão arguindo, perguntando, objetando? Daí a necessidade de trazerem gramáticas questionários e exercícios, auxílio para o professor, incentivo para o aluno.” (sic, prefácio, p. 5).
- “Assim, esta tradicional gramática continua a prestar relevante seviço ao ensino de língua portuguesa, tanto nas escolas como nas leituras individuais.” (sic, prefácio, p. 7).
- “O professor deve ser guía seguro, muito senhor da língua; se outra for a orientação de ensino, vamos cair na ‘língua brasileira’, refúgio nefasto e confissão nojenta de ignorancia do idioma pátrio, recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo.” (sic, prefácio, p. 6).
OBJETIVOS DO AUTOR
“Sei da enorme responsabilidade que é escrever algo a ser inserido nesta importante obra, mas creio não decepcionar os editores nem os estudantes que se valem da Metódica para embasar-se e aprimorar os conhecimentos da norma gramatical culta do nosso idioma.” (sic, prefácio, p. 7).
CONCEPÇÃO DE LÍNGUA, NORMA E GRAMÁTICA
Língua
- “A língua é a mais viva expressão da nacionalidade.” (sic, prefácio, p. 6).
- “O conjunto de palavras, ou melhor, a linguagem própria de um povo chama-se de língua ou idioma.” (sic, p. 17).
- “Pode a língua ser viva morta ou exinta.” (sic, p. 18).
- “Chama-se língua morta a que já não é usada por nenhum povo ou tribo, mas sobrevive em documentos. São exemplos de línguas mortas o latim (língua primativamente falada pelos latinos, habitantes do Lácio, que tinha por capital Roma), o sânscrito (língua clásica da Índia). (p. 18).
- “Língua extinta diz-se a que não é falada nem deixou provas de sua existencia.” (p. 18).
- “Língua artificial é chamada a de nascimento forçado, calculado, como o esperanto a interlíngua (muito empregada em revistas médicas internacionais), a ocidental, o volapuque, o ido, o arulo, o ro e outras, criadas com a pretensão de se tornarem internacionais. Língua não é artigo de fabricação, senão, quer culta, quer bárbara, o reflexo da formação, da história de um povo.” (p. 18).
Gramática
- “Denomina-se a gramática a reunião ou exposição metódica dos fatos de uma língua”. (p. 19).
- “Da mesma maneira que a música possui sua artinha, ou seja, o conjunto de principios, normas, ensinamentos e regras concernentes a essa arte, também as línguas possuem cada uma a sua gramática, isto é, o conjunto de todas as normas para o seu perfeito uso.” (p. 19).
- “Quando tal estudo abrange, simultáneamente, diversas línguas gongêneres, isto é, filiadas à mesma origem e, portanto, semelhantes ele constitui o que se denomina gramática geral (ou comparativa). Desta espécie é a Gramática das Línguas Românicas de Frederico Diez (pronuncie Dits).” (p. 19).
- “Se a gramática visar apenas os fatos de uma língua particular, ela será gramática particular, que passará a chamar-se portuguesa, francesa, inglesa etc., conforme a língua particular que estudar.” (p. 19).
- “A gramática particular temu m fundo de generalidade no que concerne à lógica, mas se preocupa esencialmente dos fatos peculiares de determinada língua, estudando-lhe os fatos particulares, o método e as regras apropriadas para o seu perfeito uso.” (p. 19).
- “A gramática particular pode ocupar-se exclusivamente da origen de uma língua e dos processos de sua formação e se chamará gramática histórica”.
- “Se, porém, visar aos fatos atuais de uma língua, mostrando e ensinando as regras vigentes para o seu perfeito manuseio, sem cogitar da sua formação, ela será gramática expositiva”. (p. 19).
- “Esta última, isto é, a gramática expositiva, que também se chama normativa, descritiva ou prática, é a que vamos estudar com relação à nossa língua, não deixando de ver, na Etimologia (§610 e ss.), os principais fatos operados na passagem do latim para o português”. (p. 19)
ESTADO DA ARTE
- SILVA, Wagner Aparecido da. ENTRE DERIVAÇÃO E FLEXÃO: A QUESTÃO DO GRAU. Revista Acadêmica Online , [S. l.], v. 10, n. 53, p. e272, 2024. DOI: 10.36238/2359-5787.2024.v10n53.272. Disponível em: https://doi.org/10.36238/2359-5787.2024.v10n53.272. Acesso em: 30 set. 2024.
- UCHOA, Francisco Geovane Araujo. Marcas da oralidade em textos de discentes em instituições de ensino público de Fortaleza-CE. 2022. 134 p. Dissertação (Mestrado em Ciência da Educação) – Programa de Pós-Graduação em Ciências da Educação, Word Ecumenical University, Florida, 2022.
- MANUEL, Mateus Jacinto Marques. Interferência da morfossintaxe do kimbundu no português falado em Malanje. 2024. Tese de Doutorado. Universidade de Tras-os-Montes e Alto Douro.
- MORETTO, Letícia Salazar. A importância da gramática portuguesa no ensino e aprendizagem do latim, segundo Napoleão de Almeida.
Silva, Alexandre José da. Descontinuum e continuum gramatical: um estudo descritivo-analítico da Gramática Metódica da Língua Portuguesa de Napoleão Mendes de Almeida. 2014. 172 f. Dissertação (Mestrado em Língua Portuguesa) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2014.
REFERÊNCIA
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da Língua Portuguesa. 46. ed. ver. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.