Em um mundo globalizado, talvez pareça não fazer muito sentido refletir sobre o conhecimento que temos produzido sobre a linguagem e as línguas do ponto de vista da sua geopolítica, sobretudo quando boa parte da Linguística do séc. XX se desenvolveu como uma ciência abstrata, formal e autônoma. Entretanto, em tempos de alta polarização como o que vivemos, é mais que tentador para o historiógrafo da linguística voltar sua reflexão para outros momentos intelectuais e procurar deles depreender categorias que o ajudem a melhor formular a dinâmica do seu próprio tempo.