Título completo: Epítome de Grammatica da Lingua Portugueza
Local de publicação: Lisboa/Portugal
Quantidade de edições: 1?
Editora: Off. de Simão Thaddeo Ferreira
Gramática normativa
- “Acharás neste Compendio alguas palavras, conjugações, e frases, que te dou como antiquadas, para que não as estranhes nos bons autores, e não as imites.” (sic, p. v).
- “[…] quando quiseres saber a língua patria perfeita, e elegantemente, deves estudar toda a vida, e com muita reflexão os autores Classicos, notando principalmente as analogias peculiares ao gênio de nosso idioma. E deste modo poderás imita los, nõa repetindo sempre servilmente com as suas palavras, e frazes e remendando com ellas tuas composições, como alguns tem feito, mas dizendo coisas novas, sem barbarismos, sem Gallicismos, Italianismos, e Aglicismos, como mui vulgarmente se lem, e mais de ordinário nas traducções dos poucos versados nas linguas estrangeiras, e talvez menos ainda na sua.” (sic, p. vii).
- “Sigamos o exemplo dos bons ingengos, que na Arcadia Portugueza ressuscitarão as reflexões sobre a língua, que tem feito alguns membros da Real Academia das Sciencias de Lisboa, e chegaremos a fazer nos capazes de produzir mais copiosas advertências sobre o artifício, purezas, e elegâncias do nosso idioma, do que por hora lemos, sendo ele muito digno de ocupar os desvelos dos patriotas eruditos.” (sic, p. vi).
Gramática descritiva
- “Não te contentes toda via com as noções elementares deste compendio: Sirvão te sómente de guia para leres os bons autores, que desde os annos de 1500 fixarão, e aperteiçoarão a nossa lingua, e começarão a escrever tão cultamente […]” (sic, p. v)
Gramática filosófica
- “A Grammatica é arte, que ensina a declarar bem os nossos pensamentos, por meyo de palavras”. (sic, p. 9)
- “2. A Grammatica Universal ensina os methodos, e princípios de falar communs a todas as linguas.” (sic. p.9)
- “3. A Grammatica particular de qualquer língua v. g. da Portugueza, applica os principios communs de todos os idiomas ao nosso, segundo os usos adoptados polos que melhor o falão.” (sic. p.9).
- “4. Trata pois a Grammatica das Sentenças, (isto é, ensina a fazer proposições , ou sentidos perfeitos) e das diversas partes, de que ellas se compõem.”(sic. p.9).
OBJETIVOS DO AUTOR
- “Propuz me nesta Grammatica dar te ídéyas mais claras, e exactas, do que cómummente se achão nos livros d’este assumpto, que tenho visto no nosso idioma, tanto á cerca das Partes Elementares da Oração, como da sua emendada composição.” (sic, p. III).
- “Quasi todos os Grammaticos, que tenho visto, engrossão os seus livros com conjugações: as regras da composição, parte tão principal das Grammaticas, reduzem nas a muito poucas. Eu cuido que te expliquei esta parte da Grammatica com assas curiosidade, propondo-te o que nella c mais recondito, e muitos exemplos dos bons autores, que seguramente imites, porque também a copia delles te fará cair mais facilmente na intelligencia, e aplicação das regras. Ajuntei alguas observações à cerca de frases, e construcções erradas, ou menos seguidas, para que imitando o bom dos livros Clássicos, não sigas tambem os erros, e descuidos, ou o que já hoje se não usa geralmente.” (sic, p. IV).
- “Acharás neste Compendio alguas palavras, conjugações, e frases, que te dou como antiquadas, para que não as estranhes nos bons autores, e não as imites.” (sic, p. v).
- “Não te contentes toda via com as noções elementares deste compendio: Sirvão te sómente de guia para leres os bons autores, que desde os annos de 1500 fixarão, e aperteiçoarão a nossa lingua, e começarão a escrever tão cultamente […]” (sic, p. V).
CONCEPÇÃO DE LÍNGUA, NORMA E GRAMÁTICA
Língua:
- “[…] a tua língua deve servir te de meyo para aprenderes as estranhas, e seria absurdo querer te explicar o artificio da Sintaxe, ou composição d’ella, por meio de outra língua, e suas regras, que demais de serem inaplicáveis aos *idiotisaios Portuguezes, te são ignosas, e mais difíceis.” (sic, p. iv)
- “[…] quando quiseres saber a língua patria perfeita, e elegantemente, deves estudar toda a vida, e com muita reflexão os autores Classicos, notando principalmente as analogias peculiares ao gênio de nosso idioma. E deste modo poderás imita los, nõa repetindo sempre servilmente com as suas palavras, e frazes e remendando com ellas tuas composições, como alguns tem feito, mas dizendo coisas novas, sem barbarismos, sem Gallicismos, Italianismos, e Aglicismos, como mui vulgarmente se lem, e mais de ordinário nas traducções dos poucos versados nas linguas estrangeiras, e talvez menos ainda na sua.” (sic, p. vii).
Gramática:
- “Eu cuido que te expliquei esta parte da Grammatica com assas curiosidade, propondo-te o que nella e mais recondito, e muitos exemplos dos bons autores, que seguramente imites, porque também a copia delles te fará cair mais facilmente na intelligencia, e aplicação das regras. Ajuntei alguas observações à cerca de frases, e construcções erradas, ou menos seguidas, para que imitando o bom dos livros Clássicos, não sigas tambem os erros, e descuidos, ou o que já hoje se não usa geralmente.” (sic, pag. IV).
- “Sigamos o exemplo dos bons ingengos, que na Arcadia Portugueza ressuscitarão as reflexões sobre a língua, que tem feito alguns membros da Real Academia das Sciencias de Lisboa, e chegaremos a fazer nos capazes de produzir mais copiosas advertências sobre o artifício, purezas, e elegâncias do nosso idioma, do que por hora lemos, sendo ele muito digno de ocupar os desvelos dos patriotas eruditos.” (sic, p. vi).
- “1. A Grammatica é arte, que ensina a declarar bem os nossos pensamentos, por meyo de palavras.” (sic. p.9).
- 2. A Granimatica Universal ensina os methodos, e princípios de falar communs a todas as linguas.” (sic. p.9).
- “3. A Grammatica particular de qualquer língua v. g. da Portugueza, applica os principios communs de todos os idiomas ao nosso, segundo os usos adoptados polos que melhor o falão.” (sic. p.9).
- “4. Trata pois a Grammatica das Sentenças, (isto é, ensina a fazer proposições , ou sentidos perfeitos) e das diversas partes, de que ellas se compõem.” (sic. p.9).
ESTADO DA ARTE
- BECHARA, Evanildo. Antonio de Morais Silva (1-8-1755 – 11-4-1824). Revista do Instituo Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB), Rio de Janeiro, n. 478, p. 189-197, 2018. Disponível em <https://ihgb.org.br/revista-eletronica/artigos-478/item/108634-antonio-de-morais-silva-1-8-1755-11-4-1824.html>. Acesso em: 19 abr. 2023.
- BORGES NETO, José. História da gramática. Curitiba/PR: Editora da UFPR, 2023.
- CAVALIERE, Ricardo. Antonio de Moraes Silva e os Estudos Gramaticais do Século XVIII. In: SÉCULO DAS LUZES: PORTUGAL E ESPANHA, O BRASIL E A REGIÃO DO RIO DA PRATA, 1, 2003, Berlim. Actas do Congresso “Século das Luzes: Portugal, Espanha, o Brasil e a Região do Rio da Prata”. Frankfurt: TFM, 2006. p. 537-545.
- CAVALIERE, Ricardo. O epítome de Antonio de Moraes silva na historiografia gramatical brasileira. Confluência, Rio de Janeiro, n. 25-26, p. 215-223, 2003. Disponível em: https://revistaconfluencia.org.br/rc/article/view/1187/942. Acesso em: 18 dez. 2022.
REFERÊNCIA:
SILVA, Antonio de Moraes. Epítome de Gramática da Língua Portugueza. Lisboa: Off. de Simão Thaddeo Ferreira, 1806.