Neste artigo, buscamos descrever as concepções de língua e norma linguística que são veiculadas em gramáticas produzidas pela Real Academia de Española (RAE) – instituição fundada na Espanha, no início do século XVIII, cuja missão principal é a “defesa da unidade da língua”. Foram feitas análises de excertos de dois manuais da instituição, a saber: Esbozo de una nueva gramática de la lengua española (1982) e Nueva gramática de la lengua española – Manual (2010). Na análise, buscamos identificar de qual concepção de Norma Linguística o discurso normativo da RAE mais se aproxima, observando tanto os capítulos introdutórios quanto um capítulo com descrições propriamente ditas. Apresentaremos, aqui, os resultados obtidos ao longo do projeto, que mostraram uma aproximação maior à visão mais prescritiva do termo norma, apesar de todo o projeto de pan-hispanismo que teve como evento importante a publicação dessas duas obras.