Para comprovar o convívio simultâneo dos diferentes estágios de mudança linguística numa comunidade, a sociolinguística variacionista propõe uma metodologia de pesquisa chamada tempo aparente. Consiste no estudo sincrônico dos modos de falar de diferentes gerações de falantes. Partindo da constatação empírica de que o modo de falar de um indivíduo se consolida no final da adolescência e início da vida adulta, os sociolinguistas distribuem uma dada comunidade em diversas faixas etárias e investigam a realização de determinadas regras (fonológicas, morfossintáticas etc.), a fim de verificar o que mudou de uma geração para outra. (BAGNO, 2017, p.455).
BAGNO, Marcos. Dicionário crítico de sociolinguística. São Paulo: Parábola, 2017.