É um processo cognitivo por meio do qual uma forma existente é usada para expressar um sentido semelhante, mas não idêntico, a seu sentido convencional (…). O falante traça uma analogia entre o sentido convencional e o sentido novo, e a analogia pode ter êxito comunicativamente porque alguns componentes semânticos do sentido convencional da forma são irrelevantes no contexto e podem assim ser desconsiderados; os componentes restantes relevantes são compartilhados com o sentido novo, que pode, portanto, ser inferido como o significado da forma. A metáfora, portanto, inclui qualquer desvio da convenção, o qual é inferível do contexto, e como tal é ubíqua no uso ordinário da língua. (BAGNO, 2017, p.274).

BAGNO, Marcos. Dicionário crítico de sociolinguística. São Paulo: Parábola, 2017.