A palavra grega koiné significa “comum”. Foi empregada para designar a modalidade da língua grega que se difundiu pelas regiões conquistadas por Alexandre Magno e que se tornou língua de comunicação internacional por toda aquela vasta área durante o período histórico conhecido como helenismo (323 AEC – 30 AEC) e além. Ao contrário do grego clássico, pela existência de dialetos bem distintos, o grego helenístico, a coiné, se tornou uma variedade que promoveu um nivelamento dilatal, a fim de permitir a acumulação entre diversas regiões do mediterrâneo.
Hoje em dia, o termo é empregado para designar uma variedade linguística que se desenvolve numa situação de contato dialetal em consequência da coinização e que constitui uma língua comum compartilhada por pessoas falantes de diferentes vernáculos. Os dialetos urbanos frequentemente são coinés cuja base é uma mescla de dialetos rurais originais. As línguas padronizadas também podem constituir variedades que sofreram certo grau de coinização. (BAGNO, 2017, p.45-46)
BAGNO, Marcos. Dicionário crítico de sociolinguística. São Paulo: Parábola, 2017.