O termo caipira é de provável origem tupi (decerto relacionado com kaá “mato”), embora não haja consenso entre os especialistas. É empregado no Brasil, sobretudo nas regiões do Sudeste e Centro-Oeste, para designar, pejorativamente, o habitante da zona rural, pouco instruído, apegado a crenças e a superstições tidas por atrasadas, de mentalidade simplória e ingênua. Nos estudos linguísticos brasileiros, o termo também se aplica ao conjunto de variedades como foco irradiador no estado de São Paulo – excetuada a região metropolitana da capital – e que, por processos históricos, foram levadas para áreas do sul de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, assim como o norte do Paraná. (BAGNO, 2017, p.39-40).
BAGNO, Marcos. Dicionário crítico de sociolinguística. São Paulo: Parábola, 2017.